quinta-feira, 16 de maio de 2013

ANALISE DO MORTAL KOMBAT 9


Foi longo o período de ausência de Mortal Kombat nos videojogos. O último título da série, Mortal Kombat: Armageddon, foi lançado na geração passada, há quase cinco anos (estou a excluir Mortal Kombat vs DC Universe porque é um crossover e não encaixa ou dá continuação à série). Mas a espera valeu a pena, tudo aquilo que tornou famosa esta série está de volta. Estão de volta os "K", o gore e o sangue, as fatalities, as rivalidades (Scorpion vs Sub-Zero!), e tudo isto com uma qualidade que levará qualquer fã ao delírio.
Apesar de não haver um número à frente do nome, este representa o nono título na série. Os eventos têm lugar depois de Mortal Kombat: Armageddon, mas devido a um regresso ao passado, iremos reviver os três primeiros Mortal Kombat, só que desta vez Raiden tem conhecimento do futuro. Por isso há algumas alterações.
Será no modo história que regressaremos ao passado. Criando um contraste com a maioria dos jogos do género, aqui não escolhemos um lutador e participamos numa série de combates até chegarmos ao boss final (isso fica para o modo arcade). Em vez disso, existem vários capítulos com um lutador e combates já pré-definidos. Com esta estrutura, desfrutamos não só da história de Mortal Kombat, como também experimentamos e aprendemos a jogar com o variado leque de lutadores presentes.O modo história prende-nos até ao seu final, mas a parte do jogo em que provavelmente perderão muitas horas é na Challenge Tower, um modo que ascende aos trezentos desafios. Há uma grande variedade de desafios propostos que vão desde combates 1 vs 1 até mini-jogos como "Test Your Sight", "Test Your Might" e "Test Your Luck". Aqui também encontrarão combates com condições especiais, como por exemplo, ganhar apenas usando determinado ataque. Tal como o modo história, não escolhemos os lutadores, para cada desafio já existe um lutador definido. A dificuldade aumenta com a nossa subida na torre e quando estiverem perto do final poderá levar horas até completarem um só desafio.
O habitual modo arcade continua a marcar presença. O processo é o habitual, escolhe-se uma personagem e uma dificuldade (existem cinco), e derrotamos os adversários que são escolhidos à sorte pelo jogo até chegarmos ao combate final com Shao Khan. Porém existe uma novidade, o modo arcade pode ser agora jogado em Tag Team, ou seja, em equipas de 2 vs 2. Poderão optar por jogar sozinhos e controlar os lutadores à vez, ou então convidar um amigo.
Nos combates em Tag Team é possível chamar o nosso parceiro para intervir usando um dos seus ataques especiais ou para dar continuidade a um combo. Os controlos para realizar estes comandos estão todos bem explícitos na lista de ataques de cada lutador, mas devido às combinações possíveis de equipas, há imensos combos devastadores para serem descobertos.

















Nesta entrega de Mortal Kombat os lutadores vêm apetrechados com novos ataques, como é o caso da modificação mais poderosa dos especiais que pode ser feita através do R2. Mas o melhor de tudo, são certamente os ataques X-Ray. Quando enchermos o "X-Ray meter", podemos pressionar R2 + L2 para executar este incrivelmente poderoso ataque em que partimos os ossos do nosso adversário com uma brutalidade inimaginável. Em termos de violência, são equiparáveis às famosas fatalities.
moveset dos lutadores percorreu um grande caminho desde o Mortal Kombat original, em que todos os ataques eram iguais exceto os especiais. Ainda existem dois ataques comuns, que são o uppercut e o sweep. De resto, tudo é completamente diferente. Os lutadores são muito distintos uns dos outros e é essencial gastar algum tempo com eles para aprendermos a usar todo o seu potencial.
A Krypt está de volta. Para aqueles que não estão familiarizados com a série, a Krypt é uma espécie de loja que permite aos jogadores gastarem as suas "koins" para comprarem novos conteúdos. Dentro destes conteúdos estão artworks de lutadores e arenas, músicas, fatos e novas fatalities. Até aqui é notável a enorme atenção dada pela Netherrealm aos detalhes. O aspecto da Krypt é fantástico e ao bom estilo de Mortal Kombat, contém sangue e brutalidade. Sempre que desbloqueamos um novo conteúdo, alguém é decapitado ou esticado até à morte, dependendo da secção em que estivermos (a Krypt está divida em quatro seções).Para mim, o mais impressionante, é a forma como os lutadores vão ficando mais danificados com o decorrer do combate e a maneira como sangue se espalha pelas suas roupas. Mortal Kombat sempre foi conhecido pela violência e nesta geração tem havido jogos extremamente violentos, como é caso de Gears of War e Splatterhouse, mas isto é um patamar superior a tudo o resto.
Igualmente impressionante foi o trabalho da Netherrealm em captar as características fundamentais das arenas que dão vida a Mortal Kombat. Muitas delas foram importadas da trilogia original, e apesar de agora estarem muito mais belas e detalhadas, qualquer fã reconhecerá cada uma delas.
Como qualquer outro jogo de luta, o online desempenha uma parte fundamental em Mortal Kombat. Infelizmente, não foi possível experimentar-nos essa componente devido à PlayStation Network estar indisponível durante o período em que foi feita a análise do jogo. Prometemos publicar em breve um artigo de análise a esta parte do jogo se assim foi justificável.
Mortal Kombat representa um excelente serviço para os fãs, mas não só, é também uma grande proposta para qualquer um que esteja interessando em jogos de luta. Em conteúdos é dos jogos do género mais completos dos últimos anos, serão precisas muitas horas e suor para descobrir e desbloquear tudo aquilo que Mortal Kombat tem para oferecer. Nota-se que a Netherrealm dedicou imenso esforço e cuidado, e os resultados estão à vista. Com este título, a série Mortal Kombat regressa à ribalta, é esperar que continue desta forma em futuras iterações.

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