sábado, 11 de maio de 2013

ANALISE DO DRIVER SAN FRANCISCO


Em Driver: San Francisco, o jogador assume o papel de John Tanner, o policial (e protagonista dos games anteriores da série) que tem como objetivo pessoal a prisão de Jericho, um influente e esguio criminoso.
A grande diferença em relação ao passado da franquia é que, em vez de apostar em um jogo baseado em perseguições com veículos com uma proposta realista, a Ubisoft preferiu adicionar um elemento místico para modificar a jogabilidade.
Após se envolver em um grande acidente enquanto perseguia o seu arqui-inimigo, Tanner ganha a habilidade de assumir o posto de outros motoristas da cidade. Isso inclui pessoas do outro lado da rua ou da metrópole.
Desse modo, Tanner pode, sem culpa, fazer com que motoristas utilizem os seus veículos para bloquear a passagem de fugitivos ou até mesmo chocar-se contra eles. A partir dessa premissa, o policial deve utilizar todas as suas habilidades psíquicas e no volante para encontrar Jericho e devolvê-lo à cela de onde saiu.

Aprovado

Você já foi à Bay Area?
Um dos grandes atrativos de Driver: San Francisco é a recriação completa das ruas da cidade que está no título do game. Vários aspectos que a tornaram famosa estão lá, como os declives acentuados e os trilhos dos bondinhos.
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A experiência de dirigir nas pistas da cidade é bastante interessante, com tráfego realista, mais acentuado em vias rápidas e centrais e praticamente nulo em pequenas ruas em meio aos quarteirões. Além disso, o aspecto visual da cidade é bastante agradável, com construções e localidades bem representadas graficamente, com texturas fieis e bem detalhadas.
Assuma o volante, qualquer um
Além de não obrigar Tanner a sair do seu carro para trocar de automóvel (e não repetir o desastre de Driver III), o sistema de troca de veículos acrescenta bastante à jogabilidade e consegue, criativamente, desenvolver um game original.
Img_normalAssim, Driver: San Francisco faz com que o jogador esqueça um pouco a preocupação em acelerar e realizar curvas corretamente e se concentre mais em encontrar possibilidades de utilizar o tráfego ao seu favor, seja bloqueando vias ou danificando o carro de seus adversários.
Além disso, o título conta com uma grande variedade de automóveis reais e de diferentes marcas, cada um com potência, aceleração e resistência próprias. Algo que auxilia na recriação da cidade e que incrementa bastante a diversão.
Os 1001 usos de um veículo automotor
Outro ponto bastante positivo de Driver: San Francisco é a competência do game ao oferecer uma grande variedade de experiências distintas ao jogador. Isso porque, além de investigar o paradeiro de Jericho, Tanner também pode usar os seus poderes para auxiliar os cidadãos comuns.
Img_normalDesse modo, é possível assumir o papel de policiais que querem acabar com um racha ou então auxiliar um desses corredores a chegar ao primeiro lugar. Já em outro momento, Tanner ajuda uma equipe de TV a encontrar o ponto certo para registrar uma perseguição policial. Assim, se em alguns momentos a investigação principal pode parar, o mesmo não pode ser dito a respeito da cidade.
Multiplayer inventivo
A possibilidade de troca de veículos adiciona bastante diversão também ao multiplayer de Driver: San Francisco. Há modos variados que exigem que os jogadores utilizem o recurso para se ajudarem ou se destruírem.
Há também outras modalidades em que a habilidade no volante é recompensada para a alegria dos mais puristas. Assim, há corridas com a troca de veículos desabilitada e desafios nos quais é necessário ficar o mais próximo possível de um carro-alvo.

Reprovado

Inovando ou apelando?
Ninguém reclama da origem dos poderes do Homem-Aranha. Afinal, logo no começo de sua história isso já é apresentado ao público, que aceita desde o início as particularidades deste universoO mesmo não acontece com John Tanner, que começou sua carreira no primeiro PlayStation como o motorista habilidoso  que estrelava um game cuja física era bastante realista para a época.
Para ajustar uma nova jogabilidade à série, a Ubisoft decidiu ignorar a sua premissa anterior e conceder uma habilidade sobrenatural ao seu protagonista. Algo que pode ser bom para este título em específico, mas que soa como um soco  no estômago para os antigos fãs.
Não aguento mais perseguir malfeitores
Entre cada missão do modo história, é necessário vencer algumas missões espalhadas pela cidade antes de poder prosseguir. No entanto, embora haja uma boa variedade de eventos distintos para entrar, após algum tempo tudo acaba ficando repetitivo. Assim, é quase inevitável que lá pela trigésima corrida pelas ruas de San Francisco o jogador tenha vontade de largar o volante.

Vale a pena?

A Ubisoft conseguiu desenvolver um game bastante interessante e variado que oferece um diferencial em relação a outros jogos de corridas: o recurso de troca de veículos. Além de muitas missões interessantes, a novidade conseguiu criar um multiplayer intenso e divertido capaz de fazer o game permanecer no console após o término da campanha.
No entanto, a história forçada e a necessidade de persistir em missões repetitivas tira bastante o brilho do modo principal, o que é algo bastante negativo. Principalmente levando-se em conta que é nele que reside o coração do game.
Ainda assim, para quem estiver a procura de um título sem se preocupar com a sua trama, mas sim com sua jogabilidade, Driver: San Francisco pode ser uma boa pedida. Já para aqueles que quiserem um pouco mais que isso, a experiência pode ser decepcionante..

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