sábado, 11 de maio de 2013

ANALISE DO BATMAN ARKHAM CITY


A ideia de juntar os criminosos mais perigosos de Gotham City em um único lugar cercado por paredes monstruosas era boa na teoria, mas na prática criaram uma sociedade desvirtuada habitada somente por bandidos e psicopatas. A cada esquina, em cada prédio, até mesmo nos telhados de Arkham City existe alguém esperando o cavaleiro das trevas aparecer.

Arkham City é uma cidade doentia no centro da bela Gotham City. Entre a arquitetura peculiar e a escuridão da cidade, as diversas luzes coloridas de neon brilham nas faixadas do gigantesco mapa de mundo aberto.

Batman: Arkham City é a nova aventura do morcegão que tem a difícil tarefa de cumprir o legado deixado por Batman: Arkham Asylum. Quando o primeiro jogo foi lançado em 2009, os fãs de HQs e a mídia especializada aclamaram o título e muitos o consideraram como o melhor jogo baseado em universo de super heróis já feito.

Com uma trama densa repleta de reviravoltas e momentos surpreendentes escrita pelo roteirista de quadrinhos Paul Dini, que também é responsável pelo roteiro de Arkham Asylum, a sequência do jogo de 2009 não deixa absolutamente nada a desejar.

Após os acontecimentos de Arkham Asylum, Quincy Sharp, responsável pela penitenciaria, leva os créditos por ter parado o plano do Coringa sem mencionar Batman. Ele é eleito como novo prefeito de Gotham City e decide construir uma enorme prisão a céu aberto para os criminosos, já que Arkham Asylum foi destruída.

O esquema é simples = Os criminosos podem circular a vontade e montar a sua própria sociedade desde que não tentem escapar. O responsável por Arkham City é um personagem famoso dos quadrinhos: Dr. Hugo Strange.

Logo no início do jogo é possível ver como a cidade está muito maior e infinitamente mais bonita. Além da trama principal, agora os jogadores podem cumprir missões paralelas, que aparecem marcadas no mapa. Sem dúvidas é algo que você vai querer deixar para fazer depois de acabar a história, já que as 12 horas de campanha prendem a sua atenção o tempo todo.



Se você não jogou o primeiro jogo, precisa saber que o Batmão tem um cinto de utilidades muito legal e uma visão de detetive. O jogo explica como usar todas as suas ferramentas logo no início, mas o mais legal é que o herói já começa com todas as traquitanas que suamos para conseguir destravar no primeiro jogo, e ainda por cima ele ganha mais algumas novas bem legais.

O modo detetive funciona como uma espécie de “raio-x” e mostra quantos inimigos estão no local, quantos estão armados, onde há saídas ou objetos que você possa interagir. Quando há muitos inimigos armados é necessário agir de modo stealth, o que é muito legal. Eventualmente os capangas descobrem que você está agindo, mas ficam procurando a esmo, especialmente quando você some após soltar uma bomba de fumaça, que é uma das novas armas do jogo.

As armas não servem apenas para derrubar os seus inimigos; Em alguns casos você terá que descobrir como abrir portas, achar um novo caminho ou resolver puzzles com o uso das suas ferramentas. Apesar dos desafios não serem impossíveis e frustrantes, estão um pouquinhos mais difíceis do que no primeiro jogo, onde você atravessava todas as fases com facilidade.

Mas quando é possível descer a mão nos inimigos sem ser stealth é quando o jogador tem o seu maior momento de glória. O sistema de combate continua o mesmo, mas alguns movimentos novos do morcegão estão bem legais e quando você imenda os golpes acaba fazendo combos enormes e garante mais pontos para destravar novas ferramentas ou upgrades para a sua roupa.



Os gamers poderão jogar alguns capítulos como a eterna namorada não proclamada do herói, a Mulher Gato. Os capítulos da felina intercalam com os protagonizados pelo morcegão e dão uma perspectiva interessante a historia.

O mais legal de jogar com ela é fazer os combos na hora da luta. Como uma lutadora extremamente flexível e de personalidade exótica, ela combina beijos com socos e unhadas, frases sexys com pontapés e acrobacias. É um estilo de luta bem diferente do morcegão e definitivamente um bom negócio para quem comprou o jogo com o código.

Além dela, inúmeros vilões renomados do universo DC dão as caras por aqui. Quando você achar que já viu todos, mais um entra na trama e é impressionante a fidelidade do jogo com os traços e personalidades que os personagens possuem nas histórias em quadrinho.

Batman: Arkham City não tem modo multiplayer, mas aqui ele não faz falta. A campanha é gigantesca, as missões paralelas acrescentam mais algumas horas de aventura e por mais legal que seja jogar online com os seus amigos, este é um jogo que traz satisfação mesmo sem ter essa opção.

A trama não cai de ritmo um segundo e é cheia de reviravoltas. Muita ação, bugigangas legais, vilões a dar com o pau, mais de um personagem jogável, um belíssimo mapa de mundo aberto com missões paralelas. É assim que Batman: Arkham Asylum consegue superar as expectativas e continuar o legado da série.

Nenhum comentário:

Postar um comentário